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Noms du tableau et de son peintre
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Poeme: arabe ou portugais, avec traduction et/ou autres informations.
Peinture: chaque image illustre le poème publié et cache un link conduisant à plus d'informations sur le tableau et /ou son peintre.

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"Il y a tant de belles choses à dire et à écrire sur la vie qu'il est absolument insensé de perdre son temps à se lamenter sur les mauvaises" François Gervais

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À ceux qui ont le privilège d'être polyglottes et qui s'identifient dans la philosofie de ce blog, je lance un appel de collaboration pour traduire (pour le français et/ou portugais et/ou arabe) les superbes poèmes qui seront publiés. Tous les essais seront lus, séléctionnés et disponibilisés sur leurs posts correspondents.

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sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Florbela Espanca- SE TU VIESSES

Poetisa portuguesa, natural de Vila Viçosa (Alentejo). Nasceu filha ilegítima de João Maria Espanca e de Antónia da Conceição Lobo, criada de servir (como se dizia na época), que morreu com apenas 36 anos. Estudou no liceu de Évora, mas só depois do seu casamento (1913) com Alberto Moutinho concluiu, em 1917, a secção de Letras do Curso dos Liceus. Em Outubro desse mesmo ano matriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, que passou a frequentar. Na capital, contactou com outros poetas da época e com o grupo de mulheres escritoras que então procurava impor-se. Colaborou em jornais e revistas, entre os quais o Portugal Feminino. Em 1919, quando frequentava o terceiro ano de Direito, publicou a sua primeira obra poética, Livro de Mágoas. A poesia de Florbela caracteriza-se pela recorrência dos temas do sofrimento, da solidão, do desencanto, aliados a uma imensa ternura e a um desejo de felicidade e plenitude que só poderão ser alcançados no absoluto, no infinito. A veemência passional da sua linguagem, marcadamente pessoal, centrada nas suas próprias frustrações e anseios, é de um sensualismo muitas vezes erótico. Simultaneamente, a paisagem da charneca alentejana está presente em muitas das suas imagens e poemas, transbordando a convulsão interior da poetisa para a natureza. Florbela Espanca não se ligou claramente a qualquer movimento literário. Está mais perto do neo-romantismo e de certos poetas de fim-de-século, portugueses e estrangeiros, que da revolução dos modernistas, a que foi alheia. Pelo carácter confessional, sentimental, da sua poesia, segue a linha de António Nobre, facto reconhecido pela poetisa. Por outro lado, a técnica do soneto, que a celebrizou, é, sobretudo, influência de Antero de Quental e, mais longinquamente, de Camões. Poetisa de excessos, cultivou exacerbadamente a paixão, com voz marcadamente feminina (em que alguns críticos encontram dom-joanismo no feminino). A sua poesia, mesmo pecando por vezes por algum convencionalismo, tem suscitado interesse contínuo de leitores e investigadores. É tida como a grande figura feminina das primeiras décadas da literatura portuguesa do século XX.
Publié par Rotciv

1 comentário:

Divinius disse...

A luz...que te deixo...é da cor da minha vida...
:)