Comprendre le Blog

Titre du Post:
Noms du tableau et de son peintre
Corps du Post:
Poeme: arabe ou portugais, avec traduction et/ou autres informations.
Peinture: chaque image illustre le poème publié et cache un link conduisant à plus d'informations sur le tableau et /ou son peintre.

Raison d'être

"Il y a tant de belles choses à dire et à écrire sur la vie qu'il est absolument insensé de perdre son temps à se lamenter sur les mauvaises" François Gervais

Participent sur ce blog

  • Baki
  • Kafia
  • Rotciv

HELP!

À ceux qui ont le privilège d'être polyglottes et qui s'identifient dans la philosofie de ce blog, je lance un appel de collaboration pour traduire (pour le français et/ou portugais et/ou arabe) les superbes poèmes qui seront publiés. Tous les essais seront lus, séléctionnés et disponibilisés sur leurs posts correspondents.

Nos amis

Solidarité!

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Teresa Machado - DEI-TE UM BEIJO

Maria Teresa Ribeiro Machado Enes da Silveira, de seu nome artístico Teresa Machado, nasceu em Lisboa, é licenciada em Línguas e Literaturas Modernas pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e teve como mestres algumas figuras de gabarito como David Mourão-Ferreira e Urbano Tavares Rodrigues, que definitiva e decisivamente influenciaram o curso da sua vida – em que exerce a actividade principal de directora de Relações Públicas e Imagem num Instituto público – fazendo-a amar as Artes e trilhar, em paralelo, um percurso assumido na área cultural. O seu primeiro livro de poemas "Por Amor De" (Ed. A. Magalhães Pacheco, Porto, 1992) tem prefácio de David Mourão-Ferreira, que sobre a obra escreveu: "Ora dizendo-os, ora cantando-os, Teresa Machado é a melhor intérprete dos seus poemas, cujo carácter fortemente cantabile corresponde a uma indeclinável necessidade de comunicação (...) Directa herdeira de Florbela Espanca, mas reconhecendo igualmente como próximos antepassados os vultos de Fernando Pessoa ou António Aleixo (...) são obviamente os valores sensoriais os que preponderam nos textos de Teresa Machado (...) para de imediato nos contagiar e transmitir o seu insubornável amor à vida."
Publié par Rotciv

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

(نزار القباني- القرار(1

Dès l’âge de 16 ans, Nizar Kabbani commence à écrire des poèmes, largement consacrés à des thèmes amoureux. En 1945, il obtient le diplôme de la faculté de droit de l’Université syrienne à Damas. Il entre comme attaché au ministère Syrien des affaires étrangères et, ayant opté pour la carrière diplomatique, occupe divers postes de chargé d'affaires et de conseiller culturel dans les ambassades syriennes au Caire, à Ankara, à Madrid, à Pékin et à Beyrouth jusqu’à sa démission en 1966. Après la défaite arabe face à Israël en 1967, il crée à Londres la maison d'édition « Nizar Khabbani » et devient un puissant et éloquent porte-parole de la cause arabe. Installé à Beyrouth au milieu des années soixante, il disait ressentir « une immense tristesse en voyant tout le mal qu'on fait » à cette ville. Dans une interview au quotidien libanais « L'Orient le Jour » en 1977, à l'occasion de la parution de « A Beyrouth la femme, avec mon amour », il indiquait: « Je vis à Beyrouth depuis dix ans. Elle est pour moi la mère, l'amie et l'aimée ». Son œuvre, louée par des générations d'Arabes pour ses vers sensuels et romantiques, ne s'est pas limitée aux recueils de poésie. Il a apporté des contributions régulières au journal de langue arabe Al Hayat, et ses textes ont été mis en musique et chantés par Mohamed Abdelwahab, Najib Serraj ou Abdel Halim Hafez (Qariat el fingan, Rissala min tahtilmaa), ils ont également été chantés par des chanteuses Libanaises, Syriennes ou Égyptiennes comme Feyrouz, Oum Kalsoum et d’autres, ce qui a contribué à populariser son travail. Il est le poète arabe contemporain le plus populaire et le plus lu. Il fut surnommé le poète de la femme et de la Oumma suite au tournant que connaîtra sa poésie après les défaites arabes successives face aux Israéliens. Il sera pratiquement le seul poète à ne pas chanter les louanges des dirigeants arabes et à les tenir pour cause de ces défaites. Ce présent poème a été chanté par le chanteur libanais Assi Alhilani.
Publié par baki

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Maria Teresa Horta- MORRER DE AMOR

Maria Teresa Horta nasceu em Lisboa e fez a sua estreia no campo da poe­sia em 1960, com um livro de poemas cujo título é premonitório: Espelho Inicial. Jornalista de profis­são, o seu nome começa por ser associado ao grupo da «Poesia 61». Mas, a partir de 1971, devido ao escândalo que envolveu a publicação das Novas Cartas Portuguesas, de que foi co-autora, e ao processo judicial que se lhe seguiu, passa a ser vista como um expoente do feminismo em Portugal. A sua luta pelos direitos das mulheres é inseparável de uma carreira literária muitas vezes afectada, positiva ou negativamente, pelo seu posicionamento ético. No entanto, e apesar da intransigên­cia das suas convicções, a escritora não se reconhece na imagem estereotipada da «feminista militante»: «Eu sou precisamente o contrário do que as pessoas imaginam das mulheres feministas» (Pública, 208, 21.5.00). Se a imagem da escritora é naturalmente associada à coerência e firmeza das suas posições em prol dos direitos da mulher, é tempo de (re)lermos os seus livros um a um, e seguirmos o trajecto lumi­noso de uma escrita poética nascida de uma exigência radical de liberdade. O erotismo que a percorre começa por ser a denúncia da repressão sexual que pesa violentamente sobre a mulher nos anos ses­senta, num momento em que é posta a nu (Reich, Marcuse) a articulação entre esta e o poder político. Mas, logo se torna perceptível que esse erotismo extremado é muito mais do que a expressão de um inconformismo lúcido ou de um exercício subversivo da liberdade. A escrita erótica de Maria Teresa Horta é sentida como uma forma intolerãvelde apropriação de um discurso do prazer, ou da fruição, que era pertença exclusiva do território masculino, não só dentro de uma ordem social e política dis­criminatória, mas também, e sobretudo, no interior de uma ordem simbólica, onde a própria lingua­gem é um instrumento de opressão. Como foi insistentemente sublinhado por Roland Barthes, a lín­gua encarrega-se de marcar a diferença sexual e social, mantendo, por um lado, separados os géneros feminino e masculino, e confundindo, pelo outro, «a servidão e o poder» (Lição, 1979). A subordinação da mulher ao homem é função de um discurso que intenta salvaguardar os princípios da hegemonia cultural masculina, sendo o corpo feminino uma construção que se vai adaptando aos imperativos de uma ordem falocêntrica dominante. Neste sentido, Minha Senhora de Mim (1971) é, sem dúvida, um dos livros que assinala um impor­tante momento de viragem na escrita feminina contemporânea e, mais subtilmente, na obra da própria autora. A poesia de Maria Teresa Horta afasta-se contudo dos imperativos definidores e delimitadores das formas mais radicalizadas do feminismo actual. A sua visão do erotismo funda-se no desejo de uma autêntica complementaridade entre a mulher e o homem e esclarece-se, quanto a nós, à luz da tese platónica da cisão originária dos seres em duas metades e da trajectória de cada uma delas em busca da outra, através do amor. Daí que a sua poesia se reconheça dentro de uma belíssima definição do erotismo dada por Bataille: «uma imensa aleluia perdida num silêncio sem fim» (O Erotismo, 1957). Nesta obra poética, marcada por uma invulgar coerência, espelha-se uma concepção de poesia profundamente intimista e feminina, alimentada pela crença no amor único e recíproco, como forma abso­luta de negar a violência da morte e a inconstância dos afectos humanos. [...] Maria João Reynaud, in Vozes e Olhares no Feminino, Edições Afrontamento.
Publié par Rotciv

sábado, 19 de janeiro de 2008

نزار القباني- دمـــوع شهريـار

“… Je suis né en Mars 1923, dans une ancienne maison, ample, pleine d’eau et de fleurs… typique de Damas. Mon père, Tawfik Alkabani, était un respectable commerçant qui avait consacré toute sa vie et son argent au mouvement national. IL se distinguait par sa rare sensibilité et son amour pour la poèsie et pour tout ce qui est beau. IL avait hérité ce raffinement artistique de son oncle Abu Khalil AlKabani poète, auteur, compositeur, acteur et père des premières initiatives d’innovation du théatre égypcien. Mon enfance s’est caractérisée par mon étrange amour pour la découverte; pour démonter les choses et les remonter; pour la pourchasse des rares formes et pour la déstruction des beaux jouets en poursuivant l’irresistible inconnu. Au début de ma vie, Je me suis interessé au dessin. De cinq à douzes ans, je vivais dans une mer de couleurs. Je dessinais sur le parterre et sur les murs et je tâchais tous ce que me tombait entre les mains en quête de nouvelles formes. Je me suis interessé para la suite à la musique mais les problèmes du lycée m’ont éloigné de ce loisir….” Nizar Alkabani
Publié para Baki

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Florbela Espanca- SE TU VIESSES

Poetisa portuguesa, natural de Vila Viçosa (Alentejo). Nasceu filha ilegítima de João Maria Espanca e de Antónia da Conceição Lobo, criada de servir (como se dizia na época), que morreu com apenas 36 anos. Estudou no liceu de Évora, mas só depois do seu casamento (1913) com Alberto Moutinho concluiu, em 1917, a secção de Letras do Curso dos Liceus. Em Outubro desse mesmo ano matriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, que passou a frequentar. Na capital, contactou com outros poetas da época e com o grupo de mulheres escritoras que então procurava impor-se. Colaborou em jornais e revistas, entre os quais o Portugal Feminino. Em 1919, quando frequentava o terceiro ano de Direito, publicou a sua primeira obra poética, Livro de Mágoas. A poesia de Florbela caracteriza-se pela recorrência dos temas do sofrimento, da solidão, do desencanto, aliados a uma imensa ternura e a um desejo de felicidade e plenitude que só poderão ser alcançados no absoluto, no infinito. A veemência passional da sua linguagem, marcadamente pessoal, centrada nas suas próprias frustrações e anseios, é de um sensualismo muitas vezes erótico. Simultaneamente, a paisagem da charneca alentejana está presente em muitas das suas imagens e poemas, transbordando a convulsão interior da poetisa para a natureza. Florbela Espanca não se ligou claramente a qualquer movimento literário. Está mais perto do neo-romantismo e de certos poetas de fim-de-século, portugueses e estrangeiros, que da revolução dos modernistas, a que foi alheia. Pelo carácter confessional, sentimental, da sua poesia, segue a linha de António Nobre, facto reconhecido pela poetisa. Por outro lado, a técnica do soneto, que a celebrizou, é, sobretudo, influência de Antero de Quental e, mais longinquamente, de Camões. Poetisa de excessos, cultivou exacerbadamente a paixão, com voz marcadamente feminina (em que alguns críticos encontram dom-joanismo no feminino). A sua poesia, mesmo pecando por vezes por algum convencionalismo, tem suscitado interesse contínuo de leitores e investigadores. É tida como a grande figura feminina das primeiras décadas da literatura portuguesa do século XX.
Publié par Rotciv

domingo, 13 de janeiro de 2008

(3) إمرؤالقيس- تعلق قلبي

"La poèsie de Imrou'O Alqays est l'image réelle de sa vie et de sa personne. On y trouve l'orgueil des rois, la delinquance du chenapan, la vulgarité du vicieux , la ferveur du revolté, le cri de l'opprimé et l'humiliation du banni." Hassan alzayat
Publié par baki

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Eugenia Tabosa- SONHEI COMIGO

EUGENIA TABOSA a falar de si, disse: "Nasci em Lisboa, Portugal, vivi lá e cá cruzando o Atlântico várias vezes até me transferir definitivamente para este lado do Oceano, São Paulo, Brasil (2005). Sou licenciada em Pintura pela Universidade de Belas Artes de Lisboa. Trabalho também em Cerâmica e Azulejaria; fiz restauro arqueológico e, lecionei Educaçâo Visual no ensino público mais de 26 anos. A leitura e a escrita são paixões antigas. Na minha Homepage "Pedaços de mim" há uma amostragem da minha actividade artística e literária: http://etabosa.utopia.com.br/ Adoro fotografar e os fotologs são outro passatempo..." .
Publié par Rotciv

(2) إمرؤالقيس- تعلق قلبي

Dans la littérature arabe, Imrou'O Alqays est considéré le père de la poésie car il a été le premier à lui donner une structure. Sa poésie est majestueuse malgré la simplicité des idées et l'usage de termes parfois âpres et difficiles (que je dirais même incompréhensibles de nos jours). Bien qu'il soit d'une descendence royale, Imrou'O Alqays avait mené une vie de nomade, c'est ce qui expliquerait, eventuellement, son language rude d'un côté et sa richesse d'un autre. "Mon coeur s'est attaché à une donzelle arabe" c'est la première strophe de cette deuxième partie de ce merveilleux poème dont certains passages ont été chantés par la fameuse chanteuse jordanienne Hayam Younes.
Ecouter la chanson

Publié par Baki

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Renata Pallotini- CEREJAS

Renata Pallottini nasceu a 20 de Janeiro de 1931, em São Paulo. Licenciada em Direito, Filosofia e Dramaturgia, escreveu e produziu vários trabalhos para teatro e televisão. Publicou, entre outros, os livros: A casa, Clube de Poesia, São Paulo, 1958; Coração Americano, Editora Meta, São Paulo, 1976; Chão de palavras, Editora Círculo do Livro, São Paulo, 1977; Noite Afora, São Paulo, 1978; e a Obra poética, Editora Hucitec, São Paulo, 1995. Coordenou e participou da Anthologie de la poésie brésilienne, Editions Chandeigne, Paris, 1998, que reuniu quatro séculos da história literária brasileira.

publié par rotciv

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

(1) إمرؤالقيس- تعلق قلبي

Imrou'O Alqays fils de Houdjr, né à Nejd (actuelle Arabie saudite) en l'an 500. Fils du dérnier roi du royaume de Kinda et neveu du grand poète Almouhalhil. Incontestablement, c'est le poète le plus connu de toute l'époque préislamique (jahiliya). Conscient du fait qu'il n'est pas né pour "régner", Imrou'O Alqays mène, dès son plus jeune âge, une vie de bohémien oú les femmes, le vin , le voyage et la poèsie étaient ses principales préoccupations. À l'âge de 20 ans, le poète se fait bannir de Kinda suite à la plainte des seigneurs de la tribu des Bani Assade contre ses poèmes érotiques qui visaient leurs femmes. D'autre récis rapportent que Houjr avait chassé son fils par crainte qu'il séduise son épouse. Cinq ans plus tard, un rebel des Banu Assade assassine le roi, Imrou'O Alqays se fait la promesse de venger le sang de son père et de récupérer son trône. Depuis lors, il erre avec ses compagnons d'une tribu à une autre en quête d'aide et d'alliance, ce qui lui vaut d'ailleurs le surnom du "roi errant". Il parvient à vengé son père mais jamais à réstaurer son royaume. Il dut mourir sur le chemin du retour de Byzance en 540, à Anqara, où il était allé demander du soutien à Justinien le Grand. il aurait été empoisonné par une tunique de laine tissée d'or envoyée par l'emprereur byzantin, soit parce que sa fille était tombée amoureuse du poète, soit parce que l'empereur redoutait une traitrise après avoir accordé son aide. Imrou'O Alqays est le père de la Quassida car il fût le premier à en composer une (d'environ 30 strophes). il est aussi le maitre de la première Mu3alaka de dix autres, écrites en or et suspendues sur la kaaba.
Publié par Baki